segunda-feira, 14 de março de 2016

Ainda sobre o Dia Internacional da Mulher...

No dia 8 de Março comemorou-se o Dia Internacional da Mulher: uma data que nunca passa despercebida, pelas melhores razões, mas que não podemos deixar esquecer durante o ano, pelas piores razões... Passados três dias, no dia 11 de Março, o mundo recebeu com choque a notícia que partilhamos (com muita tristeza) e que alerta para a realidade das vidas atrozes de milhões de mulheres...

http://zap.aeiou.pt/militares-do-sudao-do-sul-autorizados-a…

Denúncia feita pela ONU relata qu...e os militares das forças governamentais do Sudão do Sul foram autorizados a violar mulheres como forma de pagamento.

Os militares que combatem pelas forças governamentais do Sudão do Sul foram autorizados a “violar mulheres como forma de pagamento”, denunciou esta sexta-feira a ONU.

“Trata-se de uma situação de direitos humanos entre as mais horríveis no mundo, com a utilização de violações em massa como instrumento de terror e como arma de guerra”, declarou o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein.

“A escala e o tipo de violência sexual – praticada principalmente pelas forças governamentais (Exército de Libertação do Povo do Sudão) e milícias afiliadas – são descritos com detalhes terríveis e devastadores”, acrescentou.

No seu relatório, a ONU referiu que “de acordo com fontes confiáveis, os grupos aliados do Governo estão autorizados a violar as mulheres como forma de pagamento”, sob o princípio “faça o que puder e leve o que quiser”.

O Sudão do Sul, que obteve a sua independência do Sudão em julho de 2011, depois de décadas de conflito, está a viver uma guerra civil desde dezembro de 2013, quando o Presidente Salva Kiir acusou o seu antigo vice-presidente, Riek Machar, de preparar um golpe de Estado.

Mais de 2,3 milhões de pessoas foram expulsas de suas casas, dezenas de milhares mortas pela guerra e os dois lados envolvidos no conflito são acusados de atrocidades.

O relatório contém testemunhos sobre civis que eram suspeitos de apoiar a oposição, incluindo crianças e pessoas com deficiência, que foram assassinados, queimados vivos, sufocados em contentores, mortos a tiro, pendurados nas árvores ou cortados em pedaços.

“Dada a amplitude, profundidade e gravidade das alegações, consistência, repetição e semelhanças observadas no procedimento, o relatório concluiu que há motivos razoáveis para crer que as violações podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade“, disse o alto comissário das Nações Unidas.

De acordo com as Nações Unidas, a maioria das mortes de civis não parecem resultar de operações de combate mas sim de ataques deliberados.

“Cada vez que uma área do país muda de mãos, as pessoas responsáveis matam ou provocam o deslocamento do maior número possível de civis, com base na sua etnia”, diz a organização.

 

terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher, uma data a recordar

Celebramos hoje o Dia Internacional da Mulher – é importante recordar e interiorizar...

Por todo o mundo, milhões de mulheres educam os seus filhos nas condições mais precárias e vão trabalhar fazendo dezenas de Km a pé, muitas vezes, sem sapatos a calçá-los…

No século XXI, a desigualdade, sobretudo nas mulheres, continua a ser um problema que assola vários países e que se encontra enraizado em diversas culturas. Segundo dados das Nações Unidas, a população feminina correspon...de a 3/5 dos 1.2 mil milhões de pessoas que vive com menos de 1,25 dólar/dia; as mulheres são 2/3 dos 960 milhões de adultos do mundo que não sabem ler e as raparigas representam 70% das 130 milhões de crianças que não vão à escola. As mulheres constituem, ainda, a maioria da mão-de-obra agrícola a nível mundial, sendo que 60% das mulheres do planeta efectuam trabalho não remunerado ou mal pago na economia informal, o que as torna vulneráveis em termos financeiros e jurídicos.

Face a dados tão marcantes, é importante recordar a importância de todas as acções que fomentem a paridade de género. O papel da mulher é fundamental para todos os aspectos do desenvolvimento social e económico, pelo que as mulheres "empoderadas" dão um contributo maior às suas famílias e à comunidade em que se inserem, investindo mais na educação dos seus filhos e nos cuidados de saúde das suas famílias. Em último recurso, estes “pequenos” investimentos a nível individual reflectem-se ao nível da sociedade que as acolhe, contribuindo para uma melhoria em grande escala das condições socio-económicas dos respectivos países.

Por este motivo, a ACÁCIA gostaria de agradecer a todos os que nos têm acompanhado dando o seu importante contributo para alterar esta realidade.

A todos o nosso Bem-Haja!